quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Projeção aponta 710 mil hectares ocupados por reflorestamento no TO

Parte integrante da Amazônia Legal, o Tocantins colocou como prioridade o desenvolvimento econômico aliado à sustentabilidade. Nesse sentido, encontrou como alternativa ecológica e economicamente viável o investimento na plantação de florestas, mais conhecido como silvicultura. Segundo levantamento da Seagro - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário, atualmente o Tocantins conta com 83 mil hectares de florestas, plantadas em 230 fazendas. Até 2016, poderá alcançar 710 mil hectares.

De acordo com o subsecretário de Produção de Energias Limpas da Seagro, Ailton Parente Araújo, as regiões com maior número de áreas de cultivo são o Sudeste e o Bico do Papagaio, com predomínio do eucalipto. “As cidades que se destacam são Darcinópolis, Colinas, Wanderlândia e São Bento, no Bico, além de Conceição, Palmeirópolis e Natividade, no Sudeste”, ressaltou ele.


Projeções
O Estado é considerado um dos mais promissores do país no segmento. A previsão de crescimento de áreas reflorestadas é animadora e tem atraído a atenção de investidores. Os dados da Seagro mostram que, de 2009 a 2010, o aumento na área de plantio foi de 20%. No ano seguinte, esse percentual chegou a 43%. Mas, segundo as estimativas, até 2016 a área plantada será de 543 mil hectares. “Essas projeções foram feitas a partir de reuniões com os atuais produtores, mas o Naturatins estima, a partir do interesse de novos investidores, que a área plantada será de 710 mil hectares”, explicou Ailton Parente.
Nas propriedades que possuem áreas reflorestadas o investimento foi na ordem de R$ 310 milhões, gerando mais de 6 mil empregos diretos e indiretos. Com o aumento da plantação, a estimativa é de que esse investimento suba para R$ 20 bilhões, sendo abertas 43 mil vagas de trabalho.
Mercado
O subsecretário frisou que a produção das áreas de reflorestamento do Tocantins possui mercado garantido. Segundo ele, a vinda de uma multinacional produtora de papel e celulose irá garantir a venda de todo o eucalipto produzido na região Sudeste do Estado. “Além disso, nós também estamos conversando com uma empresa portuguesa produtora de pellet de madeira (lenha verde) que deverá realizar o processamento da biomassa rejeitada pela produção do papel”, ressaltou Araújo.
Já a produção do Bico do Papagaio deve ser destinada ao parque siderúrgico do Sul do Pará. “Atualmente, várias empresas estão interessadas em consumir uma energia certificada e o Tocantins vai ter produção para oferecer a essas empresas”, disse o subsecretário.

Incentivos
Instituições financeiras como Banco do Brasil, Basa e BNDES possuem linhas de créditos específicas voltadas para investidores interessados na silvicultura. Mas o maior incentivo é destinado pelo Governo Federal, por meio do programa ABC- Agricultura de Baixo Carbono.
O ABC foi criado em 2010 com a intenção de incentivar a prática da agricultura sustentável. O objetivo é contribuir com a redução da emissão, na atmosfera, de gases que produzam o efeito estufa. A idéia é aperfeiçoar a utilização da terra através da junção de floresta, pecuária e agricultura, melhorando assim a renda de do produtor.
Ailton explicou que a previsão do Governo Federal é investir em 2012 mais de R$ 3 bilhões no ABC. “A Seagro está de portas abertas para as pessoas interessadas nesse tipo de investimento, nossos técnicos estão preparados para disponibilizar as primeiras informações”, completou. Tocantinsagro, Tocantins agronegócios, tocantinsagro.blogspot.com
Erica Lima

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