De acordo com o subsecretário de Produção de Energias Limpas da
Seagro, Ailton Parente Araújo, as regiões com maior número de áreas de
cultivo são o Sudeste e o Bico do Papagaio, com predomínio do eucalipto.
“As cidades que se destacam são Darcinópolis, Colinas, Wanderlândia e
São Bento, no Bico, além de Conceição, Palmeirópolis e Natividade, no
Sudeste”, ressaltou ele.
Projeções
O Estado é considerado um dos mais promissores do país no segmento. A
previsão de crescimento de áreas reflorestadas é animadora e tem
atraído a atenção de investidores. Os dados da Seagro mostram que, de
2009 a 2010, o aumento na área de plantio foi de 20%. No ano seguinte,
esse percentual chegou a 43%. Mas, segundo as estimativas, até 2016 a
área plantada será de 543 mil hectares. “Essas projeções foram feitas a
partir de reuniões com os atuais produtores, mas o Naturatins estima, a
partir do interesse de novos investidores, que a área plantada será de
710 mil hectares”, explicou Ailton Parente.
Nas propriedades que possuem áreas reflorestadas o investimento foi
na ordem de R$ 310 milhões, gerando mais de 6 mil empregos diretos e
indiretos. Com o aumento da plantação, a estimativa é de que esse
investimento suba para R$ 20 bilhões, sendo abertas 43 mil vagas de
trabalho.
Mercado
O subsecretário frisou que a produção das áreas de reflorestamento do
Tocantins possui mercado garantido. Segundo ele, a vinda de uma
multinacional produtora de papel e celulose irá garantir a venda de todo
o eucalipto produzido na região Sudeste do Estado. “Além disso, nós
também estamos conversando com uma empresa portuguesa produtora de
pellet de madeira (lenha verde) que deverá realizar o processamento da
biomassa rejeitada pela produção do papel”, ressaltou Araújo.
Já a produção do Bico do Papagaio deve ser destinada ao parque
siderúrgico do Sul do Pará. “Atualmente, várias empresas estão
interessadas em consumir uma energia certificada e o Tocantins vai ter
produção para oferecer a essas empresas”, disse o subsecretário.
Incentivos
Instituições financeiras como Banco do Brasil, Basa e BNDES possuem
linhas de créditos específicas voltadas para investidores interessados
na silvicultura. Mas o maior incentivo é destinado pelo Governo Federal,
por meio do programa ABC- Agricultura de Baixo Carbono.
O ABC foi criado em 2010 com a intenção de incentivar a prática da
agricultura sustentável. O objetivo é contribuir com a redução da
emissão, na atmosfera, de gases que produzam o efeito estufa. A idéia é
aperfeiçoar a utilização da terra através da junção de floresta,
pecuária e agricultura, melhorando assim a renda de do produtor.
Ailton explicou que a previsão do Governo Federal é investir em 2012
mais de R$ 3 bilhões no ABC. “A Seagro está de portas abertas para as
pessoas interessadas nesse tipo de investimento, nossos técnicos estão
preparados para disponibilizar as primeiras informações”, completou. Tocantinsagro, Tocantins agronegócios, tocantinsagro.blogspot.com
Erica Lima
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