quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Acadêmicos do curso técnico em agronegócios IFTO, fazem uma visita de campo no SPI confinamento.

Por: Jordana Borges - foto: Mauricio Fenelon

Aconteceu dia 08/12 no SPI  confinamento (sistema de produção Integrada) uma palestra sobre a importância do silo para a produtividade de rebanho em épocas de seca. As palestras foram ministradas por: Tarcízio Quixabeira-diretor do confinamento SPI, André Velasco - coordenador bovinos de corte Nutron Alimentos.

  Acadêmicos do curso técnico em agronegócios da IFTO estiveram presentes sob a coordenação do docente Sergio Jose da Costa: “é de extrema importância pelo contexto dos produtores, empresários do setor agropecuário, somada á observação de etapas no campo. Foi demonstrado o funcionamento de máquinas no processo de ensilagem de capim, praticas que em sala de aula são impossíveis  de serem realizadas.”

  A Ensilagem é o processo que dá origem a silagem e consiste no corte da planta na época ideal, o enchimento do silo ( local destinado  ao armazenamento da silagem ) compactação da massa verde picada e vedação do silo.A silagem fornece alimentos quando há baixa produção de matéria seca, diminuindo as perdas na produção de carne. O animal não perde peso na época de seca, portanto diminui o tempo de abate.A silagem pode ser feita de:

 
 
Milho:  Usam-se as mesmas variedades produtoras de grãos e adaptadas à região. Corta-se a planta toda quando os grãos estiverem no ponto farináceo. Produção: cerca de 20-30 t de massa verde por hectare.              

Sorgo: Existem variedades mais indicadas (variedades de duplo propósito para produção de forragem e grão).Corta-se a planta toda quando os grãos estiverem no ponto farináceo.  Produção: cerca de 20-40 t/ha. 

Capim-elefante: Corte aos 60-70 dias de idade, quando o capim estiver com 1,8 m altura.  é preciso pré-murchar o capim, antes de colocá-lo no silo, pois ele tem água demais. Produção: 20 a 30 t/ha/corte, e 3 a 4 cortes/ano.

              Ao utilizar à silagem a quantidade consumida diariamente deve ser retirada de uma só vez e após a retirada, devem-se manter as condições anaeróbicas. O oxigênio consegue penetrar no silo 5-10 cm. De profundidade/dia, portanto a fatia retirada diariamente deve ter como base esta observação e importância do dimensionamento do silo de acordo com o consumo diário do rebanho.

 
 

 
                     Tipos de silo

  *Silo horizontal: os mais usados são a trincheira e o silo de superfície. Este tipo de silo tem como vantagem, exigir menor investimento inicial e permitir a mecanização de todas as operações de silagem. As desvantagens se devem a grande superfície de exposição do material ao ar e ao sistema de fechamento que é trabalhoso, necessitando de inspeções diárias.

  *O silo de superfície: tem como vantagem a sua maior flexibilidade, que facilita a produção de silagem em boas condições sem a necessidade de investimento na construção de silos permanentes. Já as desvantagens são que os riscos de perdas são maiores do que os outros tipos de silo, dada a compactação mais difícil e demorada e a grande superfície de exposição ao ar.

  *O silo trincheira: é uma construção permanente. Em comparação aos silos verticais tem como vantagem a facilidade de manejo e o baixo custo de produção. E as suas desvantagens são devido ao risco de maiores perdas de silagem devido a maior superfície de exposição e aos riscos de infiltração de ar e água, principalmente em silos trincheiras não revestidos.
“A silagem é uma boa opção para os produtores rurais, pois com essas secas severas no Brasil, eles não terão tanto prejuízo com o rebanho”. Ediane Sousa, acadêmica curso técnico em agronegócios IFTO.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Seagro Tocantins faz lançamento da safra agrícola 2010/2011

O Tocantins, nos últimos anos, vem conquistando espaço, cada vez mais, na produção de grãos. Consolidando este crescimento, a Seagro – Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e suas vinculadas, fazem à abertura oficial do lançamento da safra agrícola 2010/2011. O evento acontece, na quarta-feira, 17, às 9 horas, na Fazenda Palmeiras, município de Aparecida do Rio Negro.
O ato simbólico faz menção ao desenvolvimento progressivo na agricultura tocantinense. Na safra anterior, 2008/2009, foram cultivados 582,3 mil hectares plantados. A safra 2009/2010 fechou com aumento de 9,9%, em relação à safra anterior. A área de plantio cresceu de 582,3 mil hectares para 680 mil hectares cultivados.
Pela primeira vez, a soja, considerada o carro-chefe da produção de grãos ultrapassou 1(um) milhão de toneladas. Na safra 2008/2009 produziu 865,3 mil toneladas. Nesta safra 2009/2010 chegou a 1,073 milhão de toneladas de grãos.
Na ocasião, o secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Sahium, fará uma explanação das políticas públicas desenvolvidas no setor agropecuário, mostrando os principais avanços tecnológicos conquistados no setor agrícola e pecuário.
A Fazenda Palmeiras é uma das maiores propriedades em produção de soja, na região central do Estado. A expectativa para a próxima safra é plantar em torno de 1,3 mil hectares de soja.
O evento conta também com a participação de representantes do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Adapec – Agência de Defesa Agropecuária, Ruraltins – Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins e o Itertins – Instituto de Terras do Tocantins.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Instituições se reúnem para definir monitoramento de áreas agrícolas do Tocantins

Representantes do Naturatins, Secretaria de Saúde, Agricultura, Adapec, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Vigilância Sanitária reuniram na sexta-feira, 03, no auditório do Naturatins com o propósito de fazer um levantamento do uso de agrotóxicos nas áreas de atividades agrícolas no Estado do Tocantins. O levantamento terá como objetivo geral fazer o perfil do uso de agrotóxicos no Estado do Tocantins, gerando informações para elaborar um plano de ação para o monitoramento ambiental dessas áreas.
Durante o encontro foi montado um grupo de trabalho para que sejam compiladas as informações de cada instituição representante. Nesse primeiro momento será feito um levantamento de dados das informações já existentes e o próximo passo será um levantamento em campo. A proposta também será encaminhada ao Ministério Público Federal para conhecimento e acompanhamento.

Recolhimento de embalagens

O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, entidade que representa as indústrias fabricantes de defensivos agrícolas, registrou, de janeiro a julho de 2010, mais de 19 mil toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos destinadas corretamente no Brasil. Em comparação com o mesmo período em 2009, o índice cresceu 14,8%. No Tocantins o percentual de crescimento foi de 176%, com 50,7 toneladas de embalagens recolhidas, ficando em segundo lugar no percentual de crescimento no período analisado.

Os estudos do instituto apontam também os Estados que mais retiraram embalagens do campo nesses sete primeiros meses do ano. São eles: Mato Grosso (4.579,8t), Paraná (2.862,3t), São Paulo (2.335,6t), Goiás (2.233,4t) e Rio Grande do Sul (1.666,1t). Juntos, os cinco Estados respondem por cerca de 69% do volume total destinado em todo o Brasil

A força do Cooperativismo

06/07/2010 - 09:10

Amélio Dall Agnol
Cooperar significa trabalhar junto, desde onde se originou a palavra COOPERATIVA. A região sul é o melhor exemplo do bom cooperativismo no Brasil. O êxito das cooperativas sul brasileiras deve-se à sua capacidade de praticar o espírito que caracteriza uma verdadeira cooperativa: o de unir produtores que individualmente são pequenos, para no conjunto torná-los grandes. Sim, a união faz a força.

Embora a cooperativa seja menos importante para os grandes empresários agrícolas, ela é fundamental para a sobrevivência dos pequenos produtores rurais que, sozinhos, são muito fracos e podem muito pouco. E são maioria nos campos da região sul do Brasil. Até Vladimir Lênin, o herói da revolução russa, que apesar do seu ódio ao sistema capitalista, reconhecia que “o cooperativismo é a única coisa que se pode aproveitar do capitalismo”.

Mas, mesmo os grandes empresários do agronegócio podem mais quando juntos, haja vista as fusões recentes de grandes empresas com outras igualmente grandes, formando mega corporações para melhor enfrentar as forças do mercado (vide os exemplos da Friboi e da Brasil Foods). Inclusive grandes cooperativas regionais uniram-se para ganhar mais musculatura e mais competitividade no mercado.

Todos sabem que, por mais vitorioso que um empreendimento seja, ele não tem garantias de êxito permanente. Os cenários mudam e as estratégias de gestão do negócio também precisam mudar. Com a atividade agrícola não é diferente.

Sem o apoio da cooperativa, o produtor rural tradicional não saberia ir muito além do que repetir o que faziam os seus antepassados, qual seja: produzir soja, trigo, milho e feijão, pagando caro pelos insumos de produção adquiridos na esquina de casa e vendendo barato o produto da colheita ao intermediário mais próximo.

No atual cenário de desumana competição, dificilmente esses produtores teriam condições de sobreviver dignamente na produção de grãos, por causa da sua pequena escala de produção e pelo baixo valor de mercado desses produtos. Por causa disso, em passado não muito distante, muitos produtores rurais desistiram da sua atividade e migraram para a periferia da cidade mais próxima, onde hoje são mão de obra desqualificada e, portanto, mal paga. Ruim no campo, pior fora dele.

Para os que não desistiram de viver no campo, foi fundamental o apoio técnico, econômico e social recebido da cooperativa. Esse apoio proporcionou um incremento na renda da família, via agregação de valor à sua pequena produção comercializável, assim como permitiu sua capacitação para executar atividades agrícolas por ele desconhecidas, mas mais rentáveis, como a produção de uva, de laranja, de leite, de suínos e de aves.
Produzir frutas ou criar pequenos animais domésticos são atividades mais intensivas no uso de mão de obra - geralmente abundante em pequenos estabelecimentos familiares - mas são menos exigentes em terra, que é a grande limitação da maioria dos produtores rurais da região sul. Dez hectares produzindo grãos é, certamente, uma área insuficiente para manter dignamente uma família no campo, mas pode ser altamente rentável produzindo leite, uva, tomate ou criando frangos.

Mas, como conseguir que um agricultor, tradicional produtor de grãos, se transforme de um ano para outro em um bem sucedido produtor de frutas ou de carnes, sem a assistência técnica de uma cooperativa, que além de ensinar como produzir, agrega valor ao produto comercializado e garante a sua comercialização?

Dia 3 de julho comemoramos o Dia do Cooperativismo. Parabéns às cooperativas brasileiras, protagonistas na promoção da dignidade da família do pequeno produtor rural. Sem elas, muitos deles poderiam estar marginalizados na periferia de alguma cidade, vivendo sem dignidade e sem perspectiva de um futuro melhor.

Brasil, o grande celeiro do mundo

 07/07/2010 - 15:19

Estela Marys


O único país exportador oficial de mais de 12 produtos agrícolas, está prestes a alcançar o patamar merecido, de acordo com a pesquisa da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) que aponta o Brasil como o número um em produção agrícola na próxima década. Consequência de um futuro crescimento da renda per capita mundial, o que aumentará consideravelmente a demanda por alimentos e o comércio internacional, e ao que tudo indica, nós produtores brasileiros, estaremos no ranking de exportação de condimentos para o mundo.


Mas esta competência deve-se a nós, apenas. Pois apesar de tantos impasses colocados por Ong’s internacionais, como o caso de questões indígenas, movimentos ambientalistas, também pelas freqüentes tentativas de opressão do MST, pela visão preconceituosa de alguns considerando-nos um setor atrasado, e ainda tantos outros riscos que somos sujeitos; somos nós o setor mais relevante à economia brasileira, geramos produtos e também empregos e oportunidades de grandes avanços tecnológicos para a produção.


Diante desses fatos, precisamos concretizar a nossa postura de referência mundial em produção, e para isso, não é necessário este prazo de dez anos. Há condições de realizarmos em breve. Cabe a mobilização de todos os setores da sociedade brasileira. Estamos próximos de eleger uma bancada federal, temos a obrigação de lutar por nossos direitos e interesses, unindo e votando em lideranças que realmente têm compromisso com nosso segmento rural, é fundamental que compreendam a dimensão e a proeminência de nosso setor, de tal modo que este está inserido numa visão política de interesse nacional. Temos terras boas, condições climáticas favoráveis, o que ainda nos falta é estímulo, é segurança, financiamento, preço e incentivos do governo.


Quanto à produção, temos produtores rurais de capacidade neste país como em nenhum outro lugar do mundo.

Modelos de Produção e Comércio de Abacaxi para o Mercado Interno e de Exportação