segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Instituições se reúnem para definir monitoramento de áreas agrícolas do Tocantins

Representantes do Naturatins, Secretaria de Saúde, Agricultura, Adapec, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Vigilância Sanitária reuniram na sexta-feira, 03, no auditório do Naturatins com o propósito de fazer um levantamento do uso de agrotóxicos nas áreas de atividades agrícolas no Estado do Tocantins. O levantamento terá como objetivo geral fazer o perfil do uso de agrotóxicos no Estado do Tocantins, gerando informações para elaborar um plano de ação para o monitoramento ambiental dessas áreas.
Durante o encontro foi montado um grupo de trabalho para que sejam compiladas as informações de cada instituição representante. Nesse primeiro momento será feito um levantamento de dados das informações já existentes e o próximo passo será um levantamento em campo. A proposta também será encaminhada ao Ministério Público Federal para conhecimento e acompanhamento.

Recolhimento de embalagens

O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, entidade que representa as indústrias fabricantes de defensivos agrícolas, registrou, de janeiro a julho de 2010, mais de 19 mil toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos destinadas corretamente no Brasil. Em comparação com o mesmo período em 2009, o índice cresceu 14,8%. No Tocantins o percentual de crescimento foi de 176%, com 50,7 toneladas de embalagens recolhidas, ficando em segundo lugar no percentual de crescimento no período analisado.

Os estudos do instituto apontam também os Estados que mais retiraram embalagens do campo nesses sete primeiros meses do ano. São eles: Mato Grosso (4.579,8t), Paraná (2.862,3t), São Paulo (2.335,6t), Goiás (2.233,4t) e Rio Grande do Sul (1.666,1t). Juntos, os cinco Estados respondem por cerca de 69% do volume total destinado em todo o Brasil

A força do Cooperativismo

06/07/2010 - 09:10

Amélio Dall Agnol
Cooperar significa trabalhar junto, desde onde se originou a palavra COOPERATIVA. A região sul é o melhor exemplo do bom cooperativismo no Brasil. O êxito das cooperativas sul brasileiras deve-se à sua capacidade de praticar o espírito que caracteriza uma verdadeira cooperativa: o de unir produtores que individualmente são pequenos, para no conjunto torná-los grandes. Sim, a união faz a força.

Embora a cooperativa seja menos importante para os grandes empresários agrícolas, ela é fundamental para a sobrevivência dos pequenos produtores rurais que, sozinhos, são muito fracos e podem muito pouco. E são maioria nos campos da região sul do Brasil. Até Vladimir Lênin, o herói da revolução russa, que apesar do seu ódio ao sistema capitalista, reconhecia que “o cooperativismo é a única coisa que se pode aproveitar do capitalismo”.

Mas, mesmo os grandes empresários do agronegócio podem mais quando juntos, haja vista as fusões recentes de grandes empresas com outras igualmente grandes, formando mega corporações para melhor enfrentar as forças do mercado (vide os exemplos da Friboi e da Brasil Foods). Inclusive grandes cooperativas regionais uniram-se para ganhar mais musculatura e mais competitividade no mercado.

Todos sabem que, por mais vitorioso que um empreendimento seja, ele não tem garantias de êxito permanente. Os cenários mudam e as estratégias de gestão do negócio também precisam mudar. Com a atividade agrícola não é diferente.

Sem o apoio da cooperativa, o produtor rural tradicional não saberia ir muito além do que repetir o que faziam os seus antepassados, qual seja: produzir soja, trigo, milho e feijão, pagando caro pelos insumos de produção adquiridos na esquina de casa e vendendo barato o produto da colheita ao intermediário mais próximo.

No atual cenário de desumana competição, dificilmente esses produtores teriam condições de sobreviver dignamente na produção de grãos, por causa da sua pequena escala de produção e pelo baixo valor de mercado desses produtos. Por causa disso, em passado não muito distante, muitos produtores rurais desistiram da sua atividade e migraram para a periferia da cidade mais próxima, onde hoje são mão de obra desqualificada e, portanto, mal paga. Ruim no campo, pior fora dele.

Para os que não desistiram de viver no campo, foi fundamental o apoio técnico, econômico e social recebido da cooperativa. Esse apoio proporcionou um incremento na renda da família, via agregação de valor à sua pequena produção comercializável, assim como permitiu sua capacitação para executar atividades agrícolas por ele desconhecidas, mas mais rentáveis, como a produção de uva, de laranja, de leite, de suínos e de aves.
Produzir frutas ou criar pequenos animais domésticos são atividades mais intensivas no uso de mão de obra - geralmente abundante em pequenos estabelecimentos familiares - mas são menos exigentes em terra, que é a grande limitação da maioria dos produtores rurais da região sul. Dez hectares produzindo grãos é, certamente, uma área insuficiente para manter dignamente uma família no campo, mas pode ser altamente rentável produzindo leite, uva, tomate ou criando frangos.

Mas, como conseguir que um agricultor, tradicional produtor de grãos, se transforme de um ano para outro em um bem sucedido produtor de frutas ou de carnes, sem a assistência técnica de uma cooperativa, que além de ensinar como produzir, agrega valor ao produto comercializado e garante a sua comercialização?

Dia 3 de julho comemoramos o Dia do Cooperativismo. Parabéns às cooperativas brasileiras, protagonistas na promoção da dignidade da família do pequeno produtor rural. Sem elas, muitos deles poderiam estar marginalizados na periferia de alguma cidade, vivendo sem dignidade e sem perspectiva de um futuro melhor.

Brasil, o grande celeiro do mundo

 07/07/2010 - 15:19

Estela Marys


O único país exportador oficial de mais de 12 produtos agrícolas, está prestes a alcançar o patamar merecido, de acordo com a pesquisa da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) que aponta o Brasil como o número um em produção agrícola na próxima década. Consequência de um futuro crescimento da renda per capita mundial, o que aumentará consideravelmente a demanda por alimentos e o comércio internacional, e ao que tudo indica, nós produtores brasileiros, estaremos no ranking de exportação de condimentos para o mundo.


Mas esta competência deve-se a nós, apenas. Pois apesar de tantos impasses colocados por Ong’s internacionais, como o caso de questões indígenas, movimentos ambientalistas, também pelas freqüentes tentativas de opressão do MST, pela visão preconceituosa de alguns considerando-nos um setor atrasado, e ainda tantos outros riscos que somos sujeitos; somos nós o setor mais relevante à economia brasileira, geramos produtos e também empregos e oportunidades de grandes avanços tecnológicos para a produção.


Diante desses fatos, precisamos concretizar a nossa postura de referência mundial em produção, e para isso, não é necessário este prazo de dez anos. Há condições de realizarmos em breve. Cabe a mobilização de todos os setores da sociedade brasileira. Estamos próximos de eleger uma bancada federal, temos a obrigação de lutar por nossos direitos e interesses, unindo e votando em lideranças que realmente têm compromisso com nosso segmento rural, é fundamental que compreendam a dimensão e a proeminência de nosso setor, de tal modo que este está inserido numa visão política de interesse nacional. Temos terras boas, condições climáticas favoráveis, o que ainda nos falta é estímulo, é segurança, financiamento, preço e incentivos do governo.


Quanto à produção, temos produtores rurais de capacidade neste país como em nenhum outro lugar do mundo.

Modelos de Produção e Comércio de Abacaxi para o Mercado Interno e de Exportação